No passado dia 11 de janeiro de 2022 ocorreu, pelas 16:30, uma palestra subordinada ao tema “Cuidados Paliativos”. O evento online fez parte do projeto “Partilha de Saberes” – projeto que envolve os Agrupamentos de Escolas de Tomar, de Constância e do Gavião – e dizia respeito a um dos temas tratados na disciplina de Gestão e Organização dos Serviços e Cuidados de Saúde do Curso T.A.S. (Técnico/a Auxiliar de Saúde). Assistiram ao mesmo alunos do 10.º O e do 11.ºO do nosso Agrupamento de Escolas e alguns alunos do Agrupamento de Escolas do Gavião. A videoconferência esteve ao cuidado da Enfermeira Ana Cláudia Crispim, Especialista em Saúde Comunitária na Administração Regional de Saúde Lisboa e Vale do Tejo, que conta com quase duas décadas de experiência ao serviço nesta área.
Segundo Robert Twycross, Cuidados Paliativos (CP) são “cuidados ativos e totais aos doentes em situação avançada, incurável e progressiva e aos seus familiares, realizados por uma equipa multidisciplinar, num momento em que a doença do paciente já não responde aos tratamentos curativos ou que prolongam a vida”.
Ao longo da apresentação, a convidada deu-nos a conhecer os quatro pilares dos CP: o Apoio à família; a Comunicação; o Controlo de sintomas; e o Trabalho em equipa multidisciplinar – infelizmente os T.A.S. não pertencem a estas equipas, que apenas incluem médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas e assistentes espirituais/ religiosos, com formação e experiência adequadas. Verificámos que a referida equipa procura controlar vários sintomas no(a) paciente, como por exemplo: a falta de apetite, as náuseas e os vómitos, a secura na boca, a obstipação, a falta de ar, os soluços, a incontinência, a insónia, a ansiedade, a depressão e a fadiga. Ficámos também a saber que as pessoas que cuidam são sobretudo mulheres (principalmente filhas e esposas); pessoas de meia-idade; pessoas com problemas de saúde; pessoas com responsabilidades acrescidas; e de nível socioeconómico médio/baixo.
É a Lei de Bases dos Cuidados Paliativos (Lei n.º 52/2012, de 5 de setembro) que define tudo a este respeito, desde o direito ao acesso dos cidadãos aos CP à constituição das equipas multidisciplinares. O número de Equipas Comunitárias de Suporte em Cuidados Paliativos (ECSCP), que deveriam ser 54 (uma por cada ACES – Agrupamento de Centros de Saúde – ou ULS – Unidade de Saúde Local), são, atualmente, apenas 24. No entanto, existem 43 Equipas Intrahospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos (EIHSCP) para adultos e 5 Equipas Intrahospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos Pediátricas (EIHSCP-P).
Em suma, conhecemos os CP, clarificando a sua necessidade, a quem se destinam e em que patologias eles são essenciais para melhorar a qualidade de vida dos doentes e das suas famílias.
Na nossa opinião, este evento foi rico em conhecimento e contribuiu significativamente para a nossa formação enquanto futuros Técnicos(as) Auxiliares de Saúde.
Alunos do Curso T.A.S. (10.º O)